terça-feira, 3 de março de 2009

Um dia passa...

Meu filho é um aborrecente e eu sou uma mãe aborrecida!
Putz, ter filho adolescente em casa é como estar todos os dias numa montanha-russa: altos e baixos o tempo todo. E eu detesto montanha-russa, literalmente. Aliás, nem posso com isso por causa do meu problema cardíaco.
Caramba, ele está me enlouquecendo tanto e nem se dá conta disso. Gostaria de fazer como Pôncio Pilatos: lavar minhas mãos. Mas se não for eu, quem vai cuidar da cria? O pai é um ser inexistente, ou melhor, é figurante em momentos como formatura e tal, mas nunca fala para ninguém qual é o papel dele na educação do menino, ou melhor, dos meninos. Mas agora é herói porque o dito cujo fugiu de casa há quase nove anos para "viver a vida". E o que o garoto mais quer neste momento é "viver a vida" dele, viver plenamente os quinze anos.
Pois é, quem fica com a guarda dos filhos se torna a pessoa chata porque cabe a nós toda a parte da responsabilidade. Quem vai ficar cobrando a tarefa feita, o banho tomado, a educação, o palavreado, etcetera e tal? Só que a pessoinha não percebe que nos casos de urgência de sua vidinha recorre a quem? Aliás, para quem ele foi desabafar quando foi assaltado há uma semana e meia?! Mamis, mamis, mamis. Mas mamis é a chata, né?!
Torço para que meus filhos sejam felizes, não importa ao lado de quem. Se quer ir morar com o pai, tudo bem. Mas tem que fazer direitinho: entrar na justiça,transferir a guarda e tudo o mais. Ah, e o mais importante é saber se o figura quer ele por lá e eu não acho que uma pessoa que largou esposa super nova (eu tinha acabado de completar 26 anos e ele já estava batendo na porta dos 32) e dois filhos muito pequenos (seis e um ano) porque "sou novo e quero viver a minha vida, sem responsabilidade com esposa e filhos" vai querer o garoto por perto (Só que ele nunca assumiu isso para ninguém e ainda inventou mentiras monstruosas a meu respeito e colocou a culpa em mim). Ele nunca vai querer tamanha responsabilidade porque é muito mais comodo só pagar escola e plano de saúde do que realmente ajudar na formação de um ser humano. Boleto vem uma vez por mês (e ele ainda faz a dedução no imposto de renda e restitui uma bela grana); já eu, tenho a presença dos meninos todos os dias.
De qualquer forma, eu acredito que meus garotos tem que aprender a fazer escolhas desde já e eu não posso fazer isso por eles. Não quero que virem homens bobões que vivem na barra da saia da mãe. Ui, só de pensar nisso me dá arrepios... Faço o meu papel: orientar. Mas o caminho são eles que fazem.
Eu engravidei do mais velho aos 18 anos. Em breve, ele vai chegar lá e quem sabe se dar conta do que foi minha vida a partir de então para ele chegar aonde chegou. Bem, sem cobranças, foi escolha que tive de fazer...
Enquanto isso vou curtindo a infância do meu pequeno, que logo logo também vai entrar na adolescência. Ainda bem que tenho ao meu lado meu segundo marido, minha família e amigos de verdade, fontes onde vou buscar conselhos e me desabafar.
Fui!

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